Livros Para Adoçar Sua Páscoa | Lista

Olá, querido leitor que estiver nos visitando nesse feriado! Feliz Páscoa! Em homenagem a essa data deliciosa do ano, onde o doce está tão presente em nosso dia, fiz esse post especial e bastante açucarado.

Livros água com açúcar! É o estilo preferido de muitas pessoas e eu entendo perfeitamente quem diz que a realidade já pode ser amarga o suficiente, então preferem que os livros sejam leves e doces.

Particularmente não é o meu gosto, mas já li muitos queridos e são livros que tem indiscutivelmente o seu mérito.

As vezes queremos um “break”, uma leitura leve e descarregada para passar um dia propício para isso. Trouxe então algumas sugestões de livros assim que eu tenha gostado. Mergulhem na doçura sem moderação!

Um amor de cinema – Victoria Van Tiem

Sim, entre os livros mais doces, muitos romances se sobressaem. Esse é um deles.

Um amor de cinema é uma graça de livro! Comecei sem nenhuma grande expectativa, interessada pelo fato da referência a alguns clássicos do cinema (olha a Pipoca e o Café juntos aí, rs). Fui envolvida bem a princípio.

O livro é delicioso! Li em uma tacada só e de quebra finalizei com vontade de rever todos os filmes citados e assistir pela primeira vez os que ainda não conhecia.

Kenzi, a protagonista, tem uma vida estável e muito boa: possui um bom cargo, um noivo muito bonito e também bem sucedido, que possui a aprovação de sua família e lhe presenteou com um anel de noivado perfeito.

Eis que o seu ex namorado ressurge do nada em seu trabalho e coloca toda essa vida exemplar em cheque. A trama se desenrola a partir daí e é muito divertida de acompanhar. Eu ri muito, muito mesmo com as trapalhadas da Kenzi.

Ela é uma protagonista maravilhosa. Shane também tem grandes virtudes e torcemos por ele, mas ela é a grande estrela. As referências cinematográficas dão um tom diferente e interessante ao livro. Um trabalho bacana e muito bem feito.

Sim, é clichê e é previsível, mas como eu já disse aqui em alguns posts, isso não é necessariamente uma coisa ruim.

Existe o clichê bem vindo. Você suspeita o tempo todo sobre o que vai acontecer no final, mas é justamente a proposta, assim como a própria Kenzi fala a respeito dos seus filmes favoritos: é previsível, mas faz chorar. No caso da leitura não me fez chorar, mas fez rir, torcer, de tudo um pouco.

Para mim, a Tonya é uma referência clara a amiga de Jenna, personagem do filme De Repente 30, desde o começo. Kenzi faz referência inclusive a esse filme mais de uma vez se comparando a protagonista e compara também a aparência da Tonya com a famosa Ton Ton, rs. Existem várias similaridades como a concorrência profissional e afeto e ódio entre essa amizade.

A probabilidade estatística do amor à primeira vista – Jennifer E Smith

E aí temos mais um romance, dessa vez entre adolescentes (o que algumas vezes me faz torcer o nariz, mas algumas vezes dá certo, como nesse caso).

A escrita de A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista flui bem e eu li em um dia, até porque ele não é mesmo um livro grande.

Ele não é exatamente aquela leitura viciante que nos deixa incapazes de pensar em largar, pelo contrário, a história não é impactante, não há suspense, mas é um livro gostoso de pegar em um dia que se possa ficar lendo sem parar.

A história corre tão rápido que quando me dei conta já havia passado da metade, sem que os personagens tivessem sequer chegado ao seu destino, e juro, não ficou enjoativo. A cena do avião dura realmente metade do livro e não se torna chata, ponto para a autora.

Hadley está viajando para o segundo casamento de seu pai, que se tornou de repente quase ausente em sua vida. Ela está disposta a odiar a sua madrasta, e é interessante porque não se trata do clichê básico do ciúme da adolescente mimadinha, há um contexto para o ressentimento.

Enquanto está na área de embarque, ela conhece Oliver, um rapaz inglês simpático e muito prestativo que senta ao seu lado no avião.

Hadley é surpreendida pela afinidade e facilidade absurda de falar sobre os seus problemas mais íntimos com aquele total estranho, que em poucas horas parece se tornar para ela mais próximo do que ela mesma poderia prever. O livro não traz surpresas e nem tira o fôlego, mas não perde o ritmo em momento algum e merece ser lido.

Uma chance para recomeçar – Lisa Kleypas

Esse livro é LINDO! Lindo, lindo, lindo. E tudo por causa da Holly, a pequena personagem órfã que está sendo criada pelo seu tio Mark. Foi o meu primeiro contato com a Lisa Kleypas e é tão água com açúcar que dá diabetes, mas totalmente impossível de largar. É da série “histórias fofinhas com toque da magia natalina“. Particularmente, eu amo histórias que envolvem o Natal.

Eu presentearia qualquer amigo com esse livro sem medo. Acho que existem alguns livros que tem a chance de cativar a todos, e esse é um deles. Tem suavidade, beleza, um clichê adorável e uma história genuinamente inspiradora.

Os personagens de Uma Chance Para Recomeçar são simples, humanos e carismáticos. Adorei a dinâmica dos irmãos Nolan, mas gostaria de ter sabido um pouco mais sobre o que houve com os outros dois, além do próprio Mark. Vi que esse livro pertence a uma coleção, mas infelizmente são muito difíceis de encontrar.

Holly é uma criança que nunca conheceu o pai e que perdeu a mãe em um acidente. Sua guarda foi deixara para dois de seus tios maternos, mas Mark é quem assume a maior parte da responsabilidade. A relação dele com a totalmente impactada Holly é construída de uma forma natural e bela.

Com a proximidade do natal, Holly escreve ao Papai Noel e releva o maior desejo do seu coração: ela quer uma nova mamãe.

No meio desse caminho, surge Maggie, uma jovem viúva que tenta se reerguer após perder o marido para o câncer. Não é difícil de imaginar o enredo, mas é uma história muito bonita e digna de ser lida.

No final do livro, eu tive a impressão que Lisa Kleypas teve pressa de correr com a história e o seu desfecho, de modo que a maior dificuldade e as grandes questões se desenrolavam e resolviam rapidamente. Por outro lado, isso deu ainda mais leveza ao livro, você o lê inteiro no mesmo estado de espírito, sem choque.

Esposa 22 – Melanie Gideon

Já fazia um tempo que eu pensava em citar esse livro em algum post. Fui presenteada com ele por uma grande amiga e foi muito cativante e divertido lê-lo. É outro da série que não dá vontade de largar. Ele não é construído exatamente com água e açúcar, pelo contrário, a personagem central é muito real e a sua realidade não é nada doce.

Alice é divertida e interessante, sua rotina familiar é comum e tem pessoas e acontecimentos corriqueiros. Ela é uma mulher com um casamento de muitos anos, uma filha adolescente e um filho na pré adolescência, tem uma relação desgastada com o marido e está em crise por se aproximar da idade que a sua mãe tinha quando faleceu.

É uma realidade bastante amarga até, mas eu o encaixei na sessão doçura por ser uma comédia romântica que soube ser divertida e por ter um final feliz.

Ela se envolve em uma aventura virtual, respondendo um questionário a respeito do seu casamento, usando o codinome Esposa 22.

Quem a entrevista é o Pesquisador 101, que por estar sempre ali para ouvir as suas respostas e até mesmo interagir a respeito delas, acaba conquistando um lugar especial no dia a dia de Alice.

Por muitas vezes Melanie Gideon nos coloca no lugar de Alice, nos ilude e nos surpreende em seguida com algum acontecimento.

Um exemplo clássico envolve a palavra anel e esmeralda, quem tiver o interesse de ler vai identificar facilmente o meu tombo junto ao dela. Alcançamos facilmente os pensamentos dela e estamos o tempo todo junto com ela nessa trama. O final é clichê, mas coube excelentemente ao livro.

Suspeitei desde o princípio, mas a foto do cachorro me enganou! rs.

A Jornada – Erin E. Moulton

E finalmente um livro doce, melado e caramelizado sem um casal romântico! Deixei A Jornada para o grand finale.
É sim uma história de amor, mas o amor fraternal, inquestionável entre as irmãs Rittle.

A mãe de Maple vai ter um bebê, a quarta menina na família. Lily vem ao mundo prematura e isso abala o mundo da garotinha, que toma a decisão de salvar a vida da irmã caçula.

Com um mapa e Dawn, outra das irmãs Rittle, Maple desce rio abaixo em busca da mulher sábia que vive na Floresta para conseguir o milagre que salvaria Lily.

Essa história é excelente. Tão puramente infantil e tão real! É sim também mágica porque acompanhamos tudo diante do olhar e perspectiva de uma criança, mas também sentimos a agonia de um adulto ao sermos espectadores de ver Maple e Dawn em perigo. O cenário descrito é lindo e imaginável, rico em detalhes o tempo todo.

É o típico livro que poderia virar filme que dificilmente perderia a sua essência, que está nas coisas mais simples. Dosagem perfeita de fantasia e realidade e o amor familiar descrito de uma forma bela. Gostaria de mais histórias assim, com casinhas em montanhas, crianças valentes e florestas “mágicas“.

É isso! Espero que todos gostem da sessão doçura que selecionei para a Páscoa e se aventurem em algum deles nesse domingo.

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