Oi, gente! Como hoje é o Dia Internacional da Mulher, trouxe uma lista de personagens femininas que considero marcantes. Essa lista vai de clássicos até um new adult atual e não está em ordem de preferência. Espero que vocês gostem.
Mulheres Marcantes dos Livros
Dona Lola – Éramos Seis
É engraçado Dona Lola estar em uma lista de personagens femininas fortes para quem vê de fora, afinal, ela é o esteriótipo de mulher submissa ao marido e que vive para a casa e para os filhos.
Porém, quem tem o prazer de ler Éramos Seis (aliás, se a lista fosse em ordem de preferência, era exatamente aqui que Dona Lola estaria, no meu top 1) percebe que ela vai muito além disso, muito além do que ela mesma percebe e vê em si.
Ela é o alicerce de toda a família, além de ser a narradora do livro. Esposa de um homem turrão e autoritário, ela tenta manter o equilíbrio familiar entre ele e os filhos, fazendo o possível para que vivam em harmonia, o que nem sempre é uma tarefa fácil, especialmente quando os filhos começam a crescer.

Mãe de quatro, um diferente do outro, Dona Lola tem surpresas nem sempre positivas com os filhos ao longo da vida. O destino dessa família vai sendo traçado por acontecimentos trágicos, e quando tudo parece descarrilhar, é ela quem busca forças que nem percebe ter e mantém tudo nos trilhos.
É uma personagem muito bem construída, sendo impossível não se encantar com a sua doçura e não se compadecer do seu sofrimento.
Dona Lola, definitivamente, entra na lista de mulheres marcantes dos livros.
Capitu – Dom Casmurro
Quando eu digo que não sou a maior fã de Dom Casmurro, tem gente que torce o nariz. Muitos se surpreendem e acham que todos os estudantes de Letras são fascinados por esse livro. Bem, não é o meu caso, mas é inquestionável o quanto essa personagem é icônica.

Capitu, a mulher com olhos de cigana oblíqua e dissimulada, que enlouquece Bentinho e deixa leitores de todas as épocas até hoje a dúvida: Traiu ou não traiu?
Dorothy – O Mágico de Oz

Aposto que todos já ouviram falar na Dorothy, seja pelo livro, pelo musical ou pelos desenhos de O Mágico de Oz. É uma personagem marcante que atravessou gerações com a sua obstinação simples e pura de criança: ela quer voltar para casa.
Dorothy é uma garotinha órfã que vive com os tios no Kansas, junto com seu cãozinho Totó, até ser arrastada para uma terra chamada Oz.
Lá, ela se une a um trio de personagens adoráveis, cada um com um simbolismo muito forte, e iniciam a sua jornada rumo ao Mágico, cada um com o seu objetivo. O de Dorothy é voltar ao Kansas, para a sua casa de campo.
Ela sente que pertence ao lugar descrito como cinzento, onde até os próprios tios são cinzentos, ao qual nunca cogitou trocar pela colorida e mágica Oz.
Eu poderia ficar horas falando sobre cada metáfora que eu enxergo na personagem, mas vou deixar isso para um post mais específico sobre o livro em geral. Só ressalto que é um livro que acho que todos deveriam ler, apesar de ser considerado uma leitura infantil.
Mariam – A Cidade do Sol

Eu sei, eu sei, devo citar A cidade do Sol em 50% das postagens (Veja a resenha do livro AQUI), mas não é a toa. Especialmente se vou falar de Mariam.
O livro, que é um dos meus favoritos, conta a história de duas mulheres e ambas são especiais e tem histórias e papéis importantes, mas Mariam ao meu ver foi mais marcante.
Vivendo em uma cultura machista, desamparada pelo pai, nas mãos de um marido desconhecido e em um país em guerra,
Mariam passou por tantas situações tristes e desesperadoras que dá desespero acompanhar. E ainda assim, para ela, na vida dela, não tem aquele grande impacto de pavor, de desamparo.
É como se ela já esperasse, ou ao menos não se surpreendesse. Uma personagem muito, muito sofrida, mas muito forte e com um coração muito nobre, que esperou muitos anos até encontrar alguém amigo para quem poderia enfim oferecer o que tinha de melhor: a sua lealdade.
Viviane – As Batidas Perdidas do Coração

Quando falei que ia ter New Adult na lista, eu me referia à protagonista do romance As Batidas Perdidas do Coração de Bianca Briones.
Viviane é diferente do modelo cada vez mais usado de mocinha nesses livros Young Adult e New Adult. Ela é ainda muito jovem e rica, mas não é mimada ou infantil.
Acaba de passar por um trauma com o câncer e falecimento do pai, tendo que segurar tudo isso nas costas por conta da depressão de sua mãe, mas isso não a amarga, de modo que ela mantém o bom humor e a jovialidade, apesar de mais madura.
No começo do livro ela está um pouco impaciente com a vida, especialmente no momento em que conhece Rafa, o protagonista, mas isso não é um traço marcante da personagem. Ela é gente como a gente, sem frescuras, muito real e distante daquele modelo de mocinha inalcançável de alguns livros.
Vivi não tem mimimi, fala o que sente vontade sem fazer joguinhos, não fica incansavelmente questionando a razão de tudo, é intensa e muito forte.
É isso.
Eu gostaria de citar muito mais personagens nessa lista de mulheres marcantes dos livros, é sempre difícil selecionar só alguns, mas todas as descritas acima tem algo de especial ao meu ver. Espero que vocês gostem.
Quais personagens ficaram fora dessa lista de mulheres marcantes dos livros e são importantes na opinião de vocês?
Feliz Dia das Mulheres!
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Autora do livros “Antes de Dizer Adeus” e “No Silêncio dos Seus Olhos”, Sté está, atualmente cursando a faculdade de jornalismo. É uma Paulista que ama livros, animais, viagens e é fã de dias frios e chuvosos.
Sou Letrada também e confesso que tive dificuldade em ler Dom Casmurro. Mas confesso também que Capitu me intriga e muito.